Alguma memória

Aqui vão alguns registros de memória do sertão que há dentro de mim.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Feliz como um menino

A possibilidade de permanecer criança existe: chama-se filho. A diferença é que, em vez de ‘reinar’ você mesmo, você se delicia com as reinações deles. Claro, tem também febre, vômito, coriza constipação, braço quebrado, talho na testa, enfim, um monte de aflições que somem na magia do primeiro sorriso.

Que Papai do Céu dê sabedoria a este sertanejo rude para que eu saiba orientar esses pequenos navegantes (foto) na longa jornada mar adentro. Sei que os mares são ora agitados, ora calmos. Muitas vezes traiçoeiros. É preciso decifrar os seus segredos: ventos, marés, comportamento dos cardumes... mas, é preciso sorte também, como ensinou Hemingway.

Mirem-se no velho Santiago, que tinha “têmpera de aço, acreditava em si mesmo, e partia sozinho para o mar alto, munido da certeza de que, desta vez, seria bem-sucedido no seu trabalho”. Não desistam, mesmo quando o mar disser o contrário. E contem sempre com o seu velho pai. Estarei sempre no cais, feliz como uma criança, à espera do retorno dos meus meninos.

PS. Após alguns meses de ausência, estou de volta. Encontro este espaço exatamente como o deixei em junho passado. Mas, para minha surpresa, algumas pessoas generosas se mantiveram fiéis, visitando o blog com frequência. Por isso, volto hoje, com texto que fiz na semana passada, dedicado aos meus filhos.  

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