Os irmãos mais velhos voltavam da cidade com as novidades – meio estranho para quem era interno no Seminário São José, mas deixa pra lá – do cinema. Contavam as histórias narradas nas telas, falavam dos atores, descreviam a aridez do Oeste norte-americano e partiam para brincadeiras de mocinho e bandido. Os menores, que haviam ficado na roça, se empolgavam e iam junto na deliciosa brincadeira. Um deles quase perdeu uma vista com ‘tiro’ certeiro de baladeira.
Estamos agora no mês setembro de 2011. Mais precisamente no sábado, dia 18. Meu filho caçula se estranha com um irmão por causa de jogo no vídeo-game. Mando parar a ‘profia’. Trago o menino – o mais afobado - pra perto de mim e digo: “Fique ai, vamos ver esse filme que é bom”. Era “A Fúria dos Sete Homens” (1972), com Lee Van Cleef. Assistimos ao filme inteirinho.

“Pai, o que é caubói?’
“É mais ou menos como vaqueiro”.
“Pá, Pá, Pá. Eu sou caubói!”
Esse pequeno vaqueiro completa hoje 8 anos. E, sem saber, sintetizou uma vida inteira ao repassar comigo a cena que vivi com meu pai no início desse texto. Amo você caubói!
Há nesse caso, para além do encanto do próprio faroeste, o assisti-lo com o pai. Esse permanecer sentado desfrutando a mesma coisa com os ídolos da gente é que colocam o faroeste conosco para o resto da vida. Beijos em você e nos três caubóis.
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