
Nos distantes anos 1960, Conde foi padrinho de ‘formatura’ de uma moça que concluía a oitava série no Colégio Estadual Wilson Gonçalves. Na verdade, meu pai seria o padrinho, mas compromissos de trabalho o impediram de comparecer. Iranildo quebrou o galho.
Os anos se passaram e os alunos do Estadual tresmalharam-se.
Faz alguns meses, Luis Santos, a quem conhecemos em família carinhosamente como “Luis de Dona Natinha”, me adicionou no então recém criado grupo “Só Crato”. Trata-se de uma comunidade de filhos e filhas do Crato abrigada no Facebook. Muita gente entrou, muita recordação veio a lume, muitas fotos antigas e, confesso, até alguma pontinha de bairrismo.
Na casa de minha avó, resolvo mostrar a uma tia a novidade advinda da internet. Afinal, muitas das histórias contidas no grupo “Só Crato” são do tempo em que ela comia filhós e chupava rolete de cana-de-açúcar na Praça da Sé. Não demorou e a tia começou a identificar um aqui, outra ali. “Estudei com esta!! Olha fulano, morava perto lá de casa”, relembra saudosa.
Até que a tela se encheu com uma foto do Conde. “Meu amigo Conde. Quanta Saudade! Fulana me disse que ele morreu...” Êpa, atalhei. Se ele morreu, quem é que posta essas coisas na Web quase todo santo dia? Morreu não!!!??? “Claro que não! Veja aqui se não é ele...”
Os olhos da tia encheram-se de lágrimas. Feliz, repedia: "meu amigo Conde está vivo... e gordo!"
A internet, através do “Só Crato”, fez renascer muitas boas reminiscências de muita gente boa. E fez renascer Iranildo Conde (que nunca morreu) para Goretti Mendes, sua afilhada de formatura. Vida longa ao Conde!
Uma história emblemática! E a forma como você descreveu ficou ainda mais. Coisas tão simples que nesse universo cibernético podem se tornar banais, mas quando o novo e o velho se encontram transparecem emoção. Legal.
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